quarta-feira, 20 de abril de 2011

Viagem pro verdadeiro Camboja!



Semana passada foi o ano novo aqui! E por isso a gente teve quase uma semana de feriado! iuhuuuu

Daí eu me mandei pra capital junto com a minha família daqui pra conhecer o resto da família e viver uns dias realmente na cultura do Camboja! Foi tanta coisa que eu vou dividir em capítulos.

1 - Carona sinixxxxxxtra

Comprei meus tickets pro ônibus noturno, chego na parada 5:45 vem o cara da companhia de ônibus: "o ônibus já foi, eu te disse pra tá aqui 5:30"
anram Cláudia... tive que desembolsar $2,00 e pegar carona com esse mesmo cara, numa moto sem capacete, e sentir o maior medo da minha vida pra pegar o ônibus na rodoviária que fica há uns 8km do centro.

2 - Casa da tia!

7h depois tava na capital chegando na casa da vó! Todo mundo meio dormindo, meio acordado, gente dormindo em todos os locais possíveis, vou direto pro quarto dividido com mais 7 pessoas dormir na esteira!!!

No outro dia acordei fui lá pra baixo tomar café no coffee shop da tia da Somali (minha irmã!), um típico coffee shop cambojano, um monte de homem de meia idade sentado tomando café gelado ou chá e falando sobre a vida e claro, tirando onda com a gringa aqui.

3- Tevêeeee que saudade de você minha filha!

Na hora do almoço a gente foi visitar a melhor amiga dela e almoçar! Um banquete!!!!! adeus dieta! todo mundo me empurrando comida! aaaaah!

Mas o melhor de tudo era a TV! Você só sabe o quanto uma coisa faz falta quando você perde essa coisa! Era eu comendo sem desgrudar o olho da tela..sério... e o pior de tudo...era GLEE que tava passando!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! tá...vou confessar...eu gostei :~ mas acho que foi a situação que favoreceu isso tá?

4 - O taxi

De lá a gente pegou um taxi pra ir pra vila onde ia ter a festa de ano novo. E esse foi o cenário de um dos maiores choques culturais que eu tive até agora. O taxista já chegou lá com outro cara no banco da frente, e eu já fiquei mei assim...quase reclamei que isso num tava certo! Mas tudo bem 5 pessoas, 2 na frente, 3 atrás moh limpeza! Foi quando ele parou e entraram mais 2 mulheres. Daí eu percebi que o esquema era aquele e o jeito era apertar. Mas quando ele parou de novo e ele mesmo dividiu o banco do motorista com outro cara eu fiquei sem acreditar.

Foto meramente ilustrativa porém bem próxima da realidade

Depois de algum tempo de viagem ligam para a Somali dizendo que o pai do dono da casa onde ia ser a festa morreu, logo festa cancelada. =T

5 - Coronel!!!

A gente finalmente chega na vila, pega um barco e chega nessa casinha azul:

Mas não se engane, esse humilde lar esconde um LCD de 42 polegadas, um sistema de som e ar-condicionado em todos os cômodos. Isso no meio de uma vila cambojana onde as pessoas não tem NADA.

Essa é a "casa da fazenda" do dono de uma fazenda de peixe. Isso mesmo, eu nunca tinha ouvido falar nisso. Não dessa forma. Ele é dono de uma faixa de uns 5 km de rio onde ele tem exclusividade sobre a pesca. Enquanto isso, do outro lado do rio uma multidão se amontoa para viver do rio. Isso me lembra uma realidade bem verde e amarela....acho que eles precisam de uma reforma "aguária". [não aguentei!]


Aqui umas fotos que eu tirei de lá!







6- Balada com Cambojanos! FINALMENTE

Voltamos pra cidade, dessa vez no carrão da família dona da fazenda, igualmente lotado mas bem mais confortável. No caminho, a gente parou na casa da vó para dar um oi pro povo lá! Depois de 20 minutos de todos falando de mim e rindo e eu sem entender patavinas, vem a vó, uma senhorinha bem velhinha, quase sem nenhum dente na boca, mais simples impossível e me transmite um sentimento só pelo olhar e pelo abraço que nenhuma barreira cultural conseguiu impedir. [AI QUE SAUDADE DA MINHA VÓ!]

Chegamos na casa da tia, aquela primeira, e os primos colocam moh pilha pra gente sair, eu tava morta de cansada mas sabia que aquela era uma oportunidade única, então tomei um banho, passei um corretivozim nas olheras e fui sem nem saber pra onde tava indo. Finalmente tava numa festa com jovens cambojanos que não precisavam tá em casa as 8h. E foi sensacional! O bar só tocava música estrangeira, e obviamente eles não tavam muito acostumados, o que deixava tudo mais engraçado. Dançamos a falamos besteira a noite toda, mesmo todo mundo tendo muito pouco inglês. Depois a gente foi parar num restaurante japones, eles pediram comida e veio umas carnezinhas fritas. Eu peguei uma na maior inocência.

Assim arrumadinho no prato tranquilão né?

Mas na real o que eu tava comendo era isso aqui oh:
Língua de pato. AAAAARGH!


Tadinho.


Resumindo, o tema dessa viagem pode se resumir em uma palavra: "língua", a do pato e a do ser humano, que vai muito além do idioma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário